2019-11-25
O evento reuniu especialistas brasileiros e europeus para debater as novas arquiteturas de governança, regulação e mercado que permeiam o processo de transição energética, com a adoção de fontes limpas e renováveis de energia.
A abertura do workshop contou com a participação do embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez; do secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Reive Neto; e do diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Rodrigo Limp. Também estiveram presentes representantes de oito países-membros da União Europeia: Finlândia, Espanha, Bélgica, Alemanha, Dinamarca, Portugal, Itália e Reino Unido.
Ybáñez destacou que o evento faz parte das atividades do projeto sobre transição energética, implementado no diálogo de política energética entre a Direção Geral de Energia (DG ENER), da Comissão Europeia (CE), e o MME. O embaixador destacou três desenvolvimentos no âmbito da UE que são essenciais para a transição energética e para o combate às mudanças climáticas, “desafio global que está intrinsicamente ligado à transição energética”.
“O pacote legislativo denominado Energia Limpa para todos os Europeus. Com ele, a UE está equipada e no caminho certo para implementar seus compromissos de energia e clima, de acordo com o estabelecido no Acordo de Paris. O extenso debate sobre a estratégia de longo prazo para descarbonização da UE até 2050, que também requer adoção de energias limpas. E o Acordo Verde europeu, defendido pela presidente eleita da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen”, afirmou.
Já o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Reive Barros, afirmou que o setor energético brasileiro é robusto graças ao modelo adotado nos anos 1990, baseado em três pilares: “estabilidade regulatória e jurídica; contratos de longo prazo; e garantia de recebíveis”. “O Brasil tem muito a aprender com os países da UE, mas também pode contribuir para a transição energética do bloco europeu, principalmente com oferta de tecnologia e conhecimento na área de biocombustíveis”, defendeu.
Por sua vez, Rodrigo Limp enfatizou a contribuição do projeto no âmbito dos Diálogos Setoriais, “uma importante ferramenta de colaboração e aproveitamento mútuo entre UE e Brasil, para o sucesso da transição energética brasileira”.
“Temos oportunidade de aprender com a experiência europeia e também de compartilhar nossas experiências, que são muito bem-sucedidas em diversos campos do setor energético. Principalmente porque temos uma matriz altamente renovável, de mais de 80%. Somos referência mundial, mas ainda temos que avançar. Quando observamos experiências internacionais com fontes eólicas e solar, por exemplo, vemos que ainda podemos avançar e temos muito a aprender com os países da UE", pontuou.
Ao longo do dia, foram apresentados painéis por especialistas brasileiros e europeus e representantes do poder público e da indústria sobre os temas: Governança da Transição Elétrica; Eletricidade; Transição Energética e Gás Natural; e Segurança de Mercado e Regulação Prudencial.
Pedro Ballesteros, da DG ENER, da CE, fez um panorama da transição energética na União Europeia. Segundo ele, “a verdadeira transição para uma energia limpa só será possível se houver empoderamento do consumidor”. “Os países-membros da UE já perceberam que investir em políticas de estímulo ao uso de recursos renováveis é bom não apenas para o meio ambiente, mas também para a economia. Muitos empregos são gerados na Europa no setor de energia limpa”, destacou Ballesteros.
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