2015-11-23
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O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) realizaram, nos dias 19 e 20 deste mês, no auditório do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o “Seminário Internacional Brasil-Europa em Urbanização Sustentável e Soluções Baseadas na Natureza”. Na abertura do evento, estiveram presentes o presidente do CGEE, Mariano Francisco Laplane, o diretor do CGEE, Antonio Carlos Galvão, o presidente do CNPq, Hernan Chaimovich, além dos palestrantes Birgit de Boissezon, da Direção-Geral para Investigação e Inovação da Comissão Europeia, Guilherme Wiedman, analista em Ciência e Tecnologia do MCTI, e Cristiano Cagnin, assessor técnico do CGEE. O seminário contou com a parceira do Projeto Apoio aos Diálogos Setoriais União Europeia-Brasil, por meio da ação Intercâmbio Brasil-Europa na Temática de Tecnologias Inspiradas na Natureza para Cidades Sustentáveis, cujo responsável operacional é Guilherme Wiedman.
Com o objetivo de identificar possibilidades para uma colaboração bilateral, palestrantes do Brasil e da União Europeia apresentaram ações relacionadas ao tema. Birgit de Boissezon expôs as iniciativas da Comissão Europeia em renaturação de cidades e explicou a linha de trabalho. “Desenvolvemos soluções baseadas na natureza para cidades inteligentes, verdes e inclusivas”, relatou. “Não existe uma solução puramente tecnológica. É necessário aliar soluções inovadoras nas áreas sociais, de governança e de finanças e negócios. Precisamos de uma abordagem sistêmica e integrada das cidades, como o próprio ecossistema urbano”, ponderou. A palestrante ressaltou a importância dos Diálogos Setoriais. “É muito bom compartilhar experiências e mostrar que esse tipo de solução vale a pena”, afirmou.
Guilherme Wiedman apresentou as ações do Programa Tecnologias para Cidades Sustentáveis, desenvolvido pela Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis) do MCTI. Uma das iniciativas relatadas foi o apoio à reestruturação da cadeia produtiva do bambu no país com a criação de seis Centros Regionais de Tecnologia Aplicada em Bambu e um Centro Vocacional Tecnológico no Estado do Acre. Na ocasião, o analista em Ciência e Tecnologia falou sobre a troca de experiências. “O mais importante na cooperação com a Comissão Europeia é o intercâmbio das boas práticas, que permite descobrir caminhos de se fazer convergência de políticas públicas e também contribui com a conceituação do tema”, destacou.
Nesse sentido, Guilherme Wiedman disse que um dos objetivos do estudo que está sendo realizado pelo CGEE para o MCTI é definir o conceito de cidades sustentáveis mais adequado para as políticas de ciência, tecnologia e inovação. “Descobrimos que a criação das cidades sempre teve um aspecto sanitarista, ou seja, antes de se construir uma cidade, destruía-se tudo do local, animais e plantas. Assim, a cidade sempre foi o espaço da não natureza. Por isso, achamos muito interessante esse conceito de renaturação de cidades que vem sendo desenvolvido pela Comissão Europeia”, explicou.
Guilherme Wiedman informou ainda que, no âmbito da ação Intercâmbio Brasil-Europa na Temática de Tecnologias Inspiradas na Natureza para Cidades Sustentáveis, foi contratada a perita Niki Frantzeskaki, que vai mapear as experiências europeias nesse campo e identificar as mais condizentes com a realidade brasileira. “Não adianta simplesmente importar soluções sem fazer as adequações necessárias. É preciso conhecer nossas particularidades para adaptar as soluções inspiradoras à nossa realidade”, avaliou.
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