2014-10-30
bioeconomia_interna
Entre os dias 5 e 10 de outubro, três especialistas brasileiros participaram de uma missão à Europa para conhecer iniciativas voltadas à biotecnologia industrial e participar de eventos em bioeconomia nas cidades de Delft (Holanda), Gent, Bruxelas (Bélgica) e Turim (Itália). A ação foi copatrocinada pelo Projeto Apoio aos Diálogos Setoriais União Europeia – Brasil, coordenado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e pela Delegação da União Europeia no Brasil (Delbra).
A delegação brasileira foi formada por dois servidores da Coordenação Geral de Biotecnologia e Saúde do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o coordenador Luiz Henrique Mourão do Canto Pereira e a tecnologista Maguida Fabiana da Silva, e pelo coordenador do Sistema de Inteligência Estratégica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Geraldo Martha Júnior.
A programação da missão foi proposta com o objetivo de propiciar a troca de experiências entre especialistas envolvidos nas iniciativas do Observatório de Inovação em Biotecnologia (OIB), no Brasil, e do Observatório de Bioeconomia (Bioeconomy Observatory -BISO), na União Europeia, e de mostrar um pouco do estado da arte da bioeconomia e de biotecnologia na Europa.
No dia 6 de outubro, a delegação brasileira visitou o Be-Basic Consortium, em Delft (Holanda). Trata-se de um consórcio público-privado composto por universidades, institutos de pesquisa e empresas holandesas que recebeu uma concessão especial do Ministério de Assuntos Econômicos holandês para executar o programa Be-Basic. O objetivo do programa é desenvolver o conhecimento e tecnologias exigidas para estimular a química industrial de biobase, ecologicamente equilibrada e sustentável.
No dia 7, o grupo fez uma visita técnica à sede da Bio Base Europa, outra iniciativa europeia que desenvolve soluções para a indústria biotecnológica, em Gent (Bélgica). No mesmo dia, foram recebidos em Bruxelas por representantes do Joint Research Center (JRC) e da DG Pesquisa e Inovação (DG Research & Innovation), onde discutiram possibilidades para a cooperação nas áreas de biotecnologia e bioeconomia entre Brasil e União Europeia.
Nos dias 8 e 9 de outubro, os brasileiros participaram, em Turim (Itália), da Annual Bioeconomy Stakeholder's Conference (TOBE 2014), e da 2nd Bioeconomy Observatory Stakeholders Roundtable, onde puderam ter uma visão de como União Europeia tem avançado na execução de sua estratégia de bioeconomia (Innovation for Sustainable Growth: A Bioeconomy for Europe), apresentada em 2012.
A 2nd Bioeconomy Observatory Stakeholders Roundtable foi uma oportunidade para entender melhor o funcionamento do observatório de Bioeconomia Europeu. Durante o evento, foi apresentada a primeira versão do website do Observatório, como ele funciona e quais as informações que ele pode fornecer.
“A missão brasileira na Europa foi uma oportunidade para fortalecer os diálogos e a cooperação entre Brasil e União Europeia no que diz respeito à biotecnologia e à bioeconomia. Além disso, essa interação trará benefícios para a implementação do Observatório de Inovação em Biotecnologia, por meio do intercâmbio de informações sobre metodologias, à luz das experiências do Observatório de Bioeconomia”, avalia a tecnologista Maguida Silva.
Maguida destaca que o entendimento dos especialistas do MCTI e do JRC envolvidos neste projeto é de que o Brasil e a União Europeia possuem agendas em comum no que diz respeito ao desenvolvimento da bioeconomia/biotecnologia e que ambos os Observatórios são iniciativas bastante similares e que podem se beneficiar dessa interação. “Dessa forma, há interesse de ambas as partes em promover a continuidade do diálogo e fortalecer essa cooperação”, informa.
A missão faz parte da ação “A implantação do Observatório de Inovação em Biotecnologia no Brasil e a sua interação com o Observatório de Bioeconomia da União Europeia”, que foi contemplada pela 7a convocatória do Projeto Apoio aos Diálogos Setoriais UE – Brasil no âmbito do diálogo setorial em Ciência e Tecnologia. Tem como parceiro institucional brasileiro o MCTI e europeu, o JRC.
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