2017-12-19
Doutor em geografia econômica com foco no setor de serviços e economia on-line, Wentrup foi conselheiro comercial na embaixada da Suécia na França e possui experiência em consultoria de gestão, internacionalização de empresas e modelos de negócios para empresas digitais, tendo atuado por muitos anos com a comunidade de startups na Suécia. Também trabalhou em mercados emergentes como Comissário Comercial no Marrocos, com destaque na África francófona.
Antes de ingressar na Business Sweden, atuou na área de tecnologia da Accenture com grandes projetos on-line. Leia abaixo a entrevista completa de Robert Wentrup sobre a transformação digital no Brasil.
Diálogos Setoriais - Após a 2ª edição do ICT Week, qual é sua opinião sobre a importância do evento e de sua continuidade em próximas edições? A inovação e a transformação digital são questões fundamentais a serem seguidas no âmbito da Parceria Estratégica UE-Brasil?
Wentrup - Acredito que é muito importante reunir as partes interessadas de setores públicos e privados, e também contar com a participação de palestrantes internacionais, como foi feito. Enriquece o evento e a qualidade. É sem dúvida um tema fundamental que terá importância contínua.
Diálogos Setoriais - O que podemos esperar sobre inovação e transformação digital em todo o mundo? Assume-se como um risco ou um desafio a substituição por robôs na maioria das funções no futuro?
Wentrup - Levará muito tempo para que os robôs substituam os seres humanos, mas os robôs serão muito úteis para tarefas repetitivas e chatas. Devemos vê-los, como disse um dos oradores, como complementos e extensão de humanos, e não apenas como substituições. A importância é que os robôs são programados com valores humanos e servem para contribuir no desenvolvimento humano, e não o oposto, pois são construídos para servir o desenvolvimento tecnológico.
Diálogos Setoriais - Em comparação com alguns países, o Brasil é pouco desenvolvido em relação à transformação digital. Quais são os principais desafios que o Brasil enfrenta?
Wentrup - É preciso observar a hierarquia de internacionalização digital para explicar os desafios enfrentados pelo Brasil. Nos mesmos aspectos, o Brasil é tão desenvolvido quanto qualquer país europeu. Em termos de transformação digital, observa-se grande parte da população usando smartphones e Internet. Conheci algumas startups digitais durante o evento que estão competindo com empresas americanas e europeias. Então, neste sentido, o Brasil tem parte de sua população bem alinhada com a transformação digital. O problema é que ainda há massas de pessoas que estão excluídas e isso pode ser explicado pela desigualdade econômica, que é um grande problema no Brasil.
Diálogos Setoriais - Na sua opinião, quais países são líderes globais e exemplos de inovação e transformação digital? Como o Brasil pode fazer parte da quarta revolução industrial e se juntar a eles?
Wentrup - Estados Unidos, Reino Unido e Europa do Norte são os líderes, na minha opinião. O ponto-chave é incentivar mais intercâmbio e cooperação com esses países. Isso significará investimentos internos e externos e mais abertura para colaboração e parcerias internacionais em termos de comércio e transformação digital.
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